Justiça japonesa condena homem por modificar e vender Nintendo Switch com jogos piratas

23/04/2025

Da Redação - Ruido Urbano News

A Nintendo segue firme no combate à pirataria de seus consoles. Desta vez, o alvo foi um homem de 58 anos, Fumihiro Otobe, que foi condenado no Japão por modificar e comercializar unidades do Nintendo Switch com jogos piratas.

O caso teve início em janeiro, quando Otobe foi preso por instalar modchips em placas-mãe do console e vendê-las online por cerca de US$ 195 cada. Segundo o processo, os aparelhos vinham acompanhados de 27 jogos ilegais — embora não tenha sido revelado o número exato de unidades vendidas.

O desfecho veio no último dia 14 de abril: o Tribunal Distrital de Kochi sentenciou o réu a dois anos de prisão, pena que será cumprida com três anos de liberdade condicional. Além disso, ele terá que pagar uma multa de 500.000 ienes (cerca de R$ 20.500).

A condenação marca um momento inédito no Japão. É a primeira vez que alguém é preso e punido por comercializar consoles da Nintendo modificados no país. O episódio pode servir como um novo ponto de referência legal para casos semelhantes no futuro.

Caso Bowser: uma comparação internacional

O caso de Otobe lembra o de Gary Bowser, canadense de 53 anos que foi preso em 2020 por envolvimento com o grupo Team Xecuter, conhecido por criar ferramentas de desbloqueio para videogames. Bowser cumpriu três anos de prisão e foi solto em 2023 por bom comportamento, mas ainda precisa pagar uma indenização milionária à Nintendo.

A própria empresa se manifestou na época, agradecendo o apoio das autoridades dos EUA e reforçando que a pirataria afeta negativamente tanto a companhia quanto o setor de jogos em geral:

"Agradecemos às autoridades norte-americanas pelo apoio na prisão de Bowser", declarou a Nintendo.

No caso mais recente, envolvendo Otobe, até agora a Nintendo optou por não se pronunciar publicamente.

Nintendo vs pirataria: guerra declarada

A empresa japonesa vem endurecendo sua política contra práticas ilegais nos últimos anos. Em 2024, um dos maiores alvos foi o Yuzu, popular emulador de Nintendo Switch para PC. O processo movido pela Nintendo alegou que o programa foi responsável pela pirataria de Zelda: Tears of the Kingdom antes mesmo do lançamento oficial, com mais de um milhão de cópias ilegais distribuídas.

Enquanto uns aplaudem a rigidez da Nintendo, outros questionam o impacto das penas aplicadas a casos de modificação de hardware. E você, o que acha?